Sou uma apaixonada sobre todos os temas que envolvam a Longevidade.
Quero por isso, despertar as pessoas, para que invistam na sua longevidade, apostem em si, no seu envelhecimento ativo saudável e inclusivo, pois iremos viver até aos 100 anos!
A minha Missão passa por sensibilizar os portugueses sobre a necessidade de planearmos a nossa longevidade, com a devida antecedência. Todos acham que é um assunto que ainda está muito distante e que de momento existem preocupações maiores que requerem o nosso foco.
Mas na realidade, é um assunto que carece reflexão e precisa ser pensado, desde já – Agora!
Tal como gerimos as nossas carreiras, deveremos gerir a nossa longevidade. Não vamos preparar a reforma aos oitenta, mas sim a partir dos cinquenta (M50)!
Sou especialista em recursos humanos e interesso-me por todos os assuntos que dizem respeito à Longevidade. Nesse sentido procuro reunir informação que considero importante e pertinente para que a população com mais de 50 anos, esteja informada e mais atenta ao seu futuro.
Valorizo a sustentabilidade do planeta e quero potenciar o modelo de trabalho ecológico, que promova a redução da pegada de carbono, a partir do reaproveitamento de recursos e da partilha de informação e de publicações de pessoas/players/instituições credíveis nas mais diversas áreas do conhecimento. Acredito que só assim conseguiremos responder aos desafios globais, cocriando novas realidades fundadas/baseada em economias de partilha e colaboração.
Hoje venho falar-vos de Demografia
Ao ouvir a entrevista que a Maria João Avilez fez a António Horta Osório, na CNN no dia 13 de Outubro, chamou-me a atenção um facto por ele mencionado, que merece a atenção de todos e passo a citar:
“Temos um problema muito relevante do qual se fala pouco mas que é inexorável: à taxa de natalidade e de imigração liquida atuais, vamos ter 8,5 milhões de pessoas daqui a 30 anos em vez de 10 milhões.
A descida da população vai na direção contrária em termos de criação do PIB, além de que consoante essas previsões, nessa altura teríamos mais do que um dependente por trabalhador, com custos sociais acrescidos e um esforço adicional para quem trabalha em suportar as pessoas que estão reformadas.
Este é um problema muito significativo para o país e que tem que ser equacionado a 20, 30 anos, mas no qual temos que tomar medidas desde já.”
Do meu ponto de vista e tal como sucede noutros países, o país deveria ter uma Secretaria de Estado do Idoso, tal como existe o da Juventude e do Desporto, para definir e adotar políticas Públicas que o nosso país tanto necessita!
Por coincidência, nos dias 13 e 14 de outubro decorreu o VI Congresso Português de Demografia, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Ao longo dos dois dias falou-se de “(In)sustentabilidade demográfica”.
“O orador Vegard Skirbekk, demógrafo norueguês e professor na Universidade de Columbia, defende um olhar diferente sobre o envelhecimento das populações, sem o foco na idade, mas antes na saúde. Acredita que as economias saberão adaptar-se aos baixos níveis de fecundidade, que irão sofrer mais ainda com o impacto do atual cenário de inflação.”
“No que diz respeito à fecundidade, os países com as dez maiores economias do mundo já estão abaixo do necessário para a substituição de gerações (2,1 filhos por mulher). Vai ser uma tendência generalizada no mundo? E é preocupante?
É um sinal positivo de desenvolvimento e as economias irão adaptar-se à realidade de terem menos jovens. Claramente há muitos desafios, mas penso que é possível lidar com a mudança. Apesar de haver um risco de diminuição da população, também há, ao mesmo tempo, uma tendência de as novas gerações serem mais produtivas, porque há um melhor uso da tecnologia e dos recursos, além de uma melhor Educação. E isso pode ter um forte efeito.” (fonte: Jornal Expresso – 14 Out 2022 – Raquel Albuquerque – A idade da população por si já não determina quão velho um país é)
No contexto nacional, Paulo Machado – Presidente da Associação Portuguesa de Demografia (APD) em entrevista à agência Lusa, considerou que “A vida quotidiana tornar-se-á cada vez mais difícil de gerir se nada for feito para equilibrar o défice demográfico em Portugal”
“Temos obrigação de interpelar a nossa comunidade, desde logo a nossa comunidade científica”, reconheceu: “A questão da sustentabilidade demográfica é a de sabermos se a evolução demográfica tal e qual a conhecemos nos permite pensar na sustentabilidade do país”.
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Interroga-se como irá sobreviver a população em boa parte do território nacional. “Quando digo sobreviver estou mesmo a falar em sobrevivência, na ausência de população mais jovem. Como é que a população mais velha viverá sem a população mais nova?”.
Convido-vos a ler na íntegra a entrevista de Paulo Machado, aqui
Como vamos ter menos população, vamos ter necessariamente que mudar o “Mindset” organizacional, relativamente à valorização dos recursos humanos, apostando na formação contínua, no “Reskilling” e “Upskilling” e na retenção dos colaboradores com mais idade. Simultaneamente alargar os critérios de idade nos processos de Recrutamento e Seleção e dar oportunidade aos candidatos com mais experiência e soft skills que garantem equipas mais eficazes e produtivas.
Espero que vos tenha interpelado.